2 caracois passeiam num jardim



2 caracois passeiam num jardim 2007
Técnica mista sobre tela
Coleção :Jorge Costa
Caracol Fanzine: Como começou a tua vocação para a pintura?
Paulo Fontes: Começou em Paris, no infantário, numa sessão de pintura. Senti algo pela pintura, e o impacto que causou na educadora reforçou e preservou esse momento, até à actualidade.
CF: Quais as técnicas que usas e que materiais utilizas nos teus trabalhos?
PF: Sou um experimentalista e auto didacta, uso o que vou conhecendo, mas em tintas, a minha preferência vai para as acrílicas.
CF: Qual a essência que está subjacente nos teus quadros?
PF:A essência...É um segredo. Cada pessoa, ao olhar um quadro, sente-se livre para o poder interpretar, analisar e descobrir.
CF: A tua 1ª exposição “ Laus Deo “ foi na Biblioteca de Lourosa. O que representou para ti esta nova experiência?
PF: Dei a conhecer a minha arte, tornei-a social.
CF: Que feedback é que tens tido das pessoas em relação ao teu trabalho?
PF: À excepção de alguns maus agoiros, tem sido fenomenal, tenho ouvido e lido óptimos comentários.
CF: Tens planos para fazer mais exposições?
PF: Neste momento estou a preparar novos trabalhos, que irei apresentar no Nuclisol Jean Piaget.
CF: Fala-nos da pintura “ Dois caracóis passeiam num jardim “. Como foi o processo desta obra?
PF: Extremamente interessante, usei os seguintes materiais: areia, pedras, paus de canela, cordel, uma pinha e milho, para além das tintas. Consegui um efeito pictórico espantoso. As ideias surgiam-me principalmente de madrugada, daí considerá-lo um quadro de beleza nocturna.
CF: Que orientação tencionas dar aos teus próximos trabalhos?
PF: Ainda não tracei um caminho, interesso-me por arte sacra, mas também ''profana'', neste momento, estou a trabalhar numa pintura algo tribal.
CF: Qual o pintor que mais admiras e porquê?
PF: No inicio gostava imenso de Salvador Dali, de toda a sua excentricidade. Admiro mais as personalidades dos grandes pintores, do que, propriamente as suas obras, porem há uma obra, um retábulo que me emociona bastante, que é: “ A Descida da Cruz “, de Rogier van der Weyden (c. 1399-1464), encontra-se no Museu do Prado em Madrid
CF: Como gostarias que fosse o teu percurso no mundo artístico?
PF: Deslumbrante.





A Cruz sagrada seja minha Luz
Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanas
Nunca me aconselhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo do teu veneno
Amém.

Rogai por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Em Latim

Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana
Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas